Sobre engarrafamento e educação

Eu nunca tinha entrado no campus do Cesumar. Foi caótico pra chegar e pra sair: carros e mais carros, na ida, dentro e na volta. Minha gentileza prum amigo se transformou em uma nova experiência sobre minha cidade. Uma cidade universitária, bem mais impactante do que a UEM. No entorno, condomínios fechados, prédios pra estudantes.Sou contra os carros e contra o ensino privado. Então foi uma carona que me fez refletir. Registro aqui...

Quando tudo começou...

Minha inspiração pra começar esse novo projeto de dedicação e escrita aconteceu depois da primeira parada gay, vulgo caminhada da diversidade, de Maringá, cidade onde eu nasci, me criei e pra onde voltei depois de 7 anos. Imagino que a escolha do nome tenha sido uma estratégia pra diminuir o "impacto" do que realmente foi: uma parada gay que aconteceu no dia 22 de maio, um domingo de sol lindo e gente colorida. Claro que o contexto nacional conta, quando o próprio jornal da cidade (ou o mais importante), resolveu pedir a opinião do deputado Jair Bolsonaro, do mesmo partido do prefeito da cidade, o PP, sobre a caminhada da diversidade. Não vou nem comentar sobre essa afronta dos blogueiros de O Diário, mas foi pura provocação: fato. Homofóbico assumido e um nostalgico da ditadura militar, esse homem não merece ser levado à sério e aqui estão as reações dessa criatura sobre a caminhada de Maringá, que contou com um trio elétrico, drags queens que arrasaram no figurino, simpatizantes da causa e o público de homosexuais, claro. Teve discursos, apresentação do Grupo Fogança e performances das drags. A palavra de ordem mais ouvida foi a afirmação de que homofobia é crime. Foi uma tarde divertida, onde encontrei amigos de longa data, gente alegre e descolada.

A Roberta Stubs fez uma intervenção poética genial que pode ser vista no seu blog, aqui.